Foto: Marcelo Martins
A direção da Câmara de Vereadores de Santa Maria decidiu, na tarde desta terça-feira (14), não elevar os salários da nova legislatura, de 2025 a 2028, diante da enchente que atingiu a cidade e resultou na morte de cinco pessoas e deixou 100 santa-marienses desabrigados e mais de mil desalojados.
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O projeto com o novo subsídio já tramitava na Casa e o vereador, partir de 2025, passaria a receber R$ 16,5 mil. Com a revogação da medida em andamento, o valor permanece em R$ 11.989,79. O impacto em quatro anos com a manutenção do atual salário é de R$ 6,3 milhões, segundo o procurador jurídico, Lucas Saccol Meyne. Por ano, a economia é de R$ 1,5 milhão.
“A Câmara de Vereadores de Santa Maria não é uma ilha. Praticamente todos os 497 municípios do Rio Grande do Sul contabilizam mortes, estragos. Nós, o Parlamento, faremos tudo que estiver ao nosso alcance para auxiliar a reconstrução do nosso município”, afirmou o presidente da Câmara, Manoel Badke (União Brasil).
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Também tramitavam na Casa os projetos que fixam o salário do próximo prefeito e vice de R$ 39,5 mil e R$ 19,7 mil, respectivamente. Ainda havia uma proposição para prever reajuste dos futuros secretários para R$ 16,5 mil. Essas propostas foram retiradas pela Mesa Diretora e não deverá haver aumento.
Contudo, a direção do Legislativo encaminhou ofício à prefeitura questionando o valor adequado dos salários do prefeito, vice e secretários municipais. O Executivo tem a prerrogativa de manter o reajuste para os futuros agentes políticos, se assim entender.